BRASILIA RECONHECE EMERGÊNCIA EM 85 MUNICÍPIOS E AMAMS ESPERA R$ 5 MILHÕES

| 28 de Junho de 2019 - 17:59

 

 A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil publicou no Diário Oficial da União a Portaria 1.503, de 26 de junho, onde reconhece a Situação de Emergência por causa da estiagem em 127 municípios mineiros, sendo 84 deles do Norte de Minas, conforme ato assinado pelo secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, coronel reformado Alexandre Lucas Alves. Com isso, os atingidos pela seca já podem ser socorridos. A Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (AMAMS) está na expectativa de serem agilizadas as medidas de socorro, com os R$ 5 milhões anunciados no dia 9 de maio, em Montes Claros, quando ocorreu o Workshop de Convivência com a Seca, quando o secretário Alexandre Lucas anunciou à direção da entidade esse valor a ser liberado.


O presidente da AMAMS, Marcelo Felix, prefeito de Januária, comemora a publicação da portaria com o reconhecimento conjunto da Situação de Emergência, pois afirma que se fosse publicar o reconhecimento de cada município, seria demorado demais, colocando em risco a assistência as vitimas da seca. Ele lembra que a AMAMS e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais realizaram um esforço concentrado junto aos municípios para elaborarem os estudos técnicos sobre os impactos causados pela estiagem, tendo em vista que os indicadores pluviométricos foram baixos e o fornecimento de água nas comunidades rurais terá que ser antecipado nesse ano. Em caráter emergencial, solicitou que os caminhões-pipas sejam contratados, para a partir de agosto começar a distribuição da água.

 

Os 84 municípios do Norte de Minas que tiveram o reconhecimento do Decreto de Situação de Emergência são Augusto de Lima, Berizal, Bocaiuva, Bonito de Minas, Botumirim, Brasilia de Minas, Buritizeiro, Campo Azul, Capitão Enéas, Catuti, Serranópolis de Minas, Gaúcha, Claro dos Poções, Cônego Marinho, Coração de Jesus, Cristália, Curral de Dentro, Engenheiro Navarro, Espinosa, Francisco Dumont, Fruta de Leite, Gameleiras, Glaucilândia, Grão Mogol, Guaraciama, Ibiaí, Ibiracatu, Icaraí de Minas, Indaiabira, Itacambira, Itacarambi, Jaíba, Janaúba, Januária, Japonvar, Jequitaí, Joaquim Felício, Josenópolis, Juramento, Juvenília, Lagoa dos Patos, Lontra, Luislândia, Mamonas, Manga, Matias Cardoso e Mato Verde.

Ainda tem: Mirabela, Monte Azul, Montes Claros, Montezuma, Ninheira, Nova Porteirinha, Novorizonte, Olhos Dágua, Padre Carvalho, Pai Pedro, Patis, Pedras de Maria da Cruz, Pintópolis, Pirapora, Ponto Chique, Porteirinha, Riachinho, Riacho dos Machados, Rio Pardo de Minas, Rubelita, Salinas, Santa Cruz de Salinas, Santa Fé de Minas, Santo Antonio do Retiro, São Francisco, São João da Lagoa, São João da Ponte, São João das Missões, São João do Pacuí, São João do Paraíso, São Romão, Taiobeiras, Ubaí, Urucuia, Vargem Grande do Rio Pardo, Várzea da Palma, Varzelândia e Verdelândia.

 

Os dados da CEDEC-MG  mostram que a seca causou um prejuízo muito grande nos últimos 10 anos no Norte de Minas, sendo que a situação mais grave ocorreu em 2017, com dano de R$ 5,39 bilhões. No ano de 2018 o prejuízo foi de R$ 1,5 bilhão. No ano passado, 50 municípios receberam ajuda com abastecimento de água.