AMAMS MANIFESTA PREOCUPAÇÃO COM A PRIVATIZAÇÃO DA COPASA
| 01 de Outubro de 2025 - 10:19
A proposta encaminhada pelo Governo de Minas Gerais à Assembleia Legislativa, por meio do Projeto de Lei nº 4.380/25, que autoriza a privatização da Copasa, gerou forte preocupação entre prefeitos do Norte de Minas e a Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (AMAMS).
O vice-governador Mateus Simões estima que a venda da companhia poderá arrecadar cerca de R$ 4 bilhões, valor que corresponde a 10% da entrada exigida pelo Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), condição para reduzir os juros da dívida de Minas com a União.
Entretanto, lideranças municipais temem que a iniciativa privada não priorize os pequenos municípios, especialmente os da região semiárida e do Norte de Minas, onde o serviço de água e esgoto não é lucrativo. O presidente da AMAMS e prefeito de São João da Lagoa, Ronaldo Soares Mota Dias, destacou que a entidade já encaminhou proposta ao governo estadual solicitando que o edital de privatização inclua cláusulas obrigatórias de investimentos.
“Se privatizar a Copasa, a gente espera que o serviço seja melhorado. Mas é fundamental que haja tarifas diferenciadas para nossa região e a exigência de investimentos 100% voltados ao saneamento básico”, afirmou o presidente da AMAMS.
Outra preocupação é o futuro da Copanor, subsidiária criada em 2007 justamente para atender localidades deficitárias do Norte e Nordeste de Minas, como os vales do Jequitinhonha e do Mucuri. A AMAMS defende que qualquer concessão seja acompanhada de condicionantes claras, assegurando que a população das regiões mais pobres de Minas Gerais não seja prejudicada.